Cozinha com Arte
Dizem que cozinhar, é um ato de amor. Cozinhar para alguém e dispensar o tempo a preparar algo que vai nutrir o corpo e a alma de outra pessoa, e é por isso que uma refeição, é muito mais que uma refeição, é uma partilha de afetos, cuidados e em muitos casos de experiências.
Hoje sabemos que o reinado de Luis XIII de França foi marcado por “uma espécie de eclipse culinário após os esplendores do Renascimento”, contudo foi durante o reinado do seu sucessor, Luis XIV, o famoso Rei Sol, que a gastronomia francesa viveu o seu verdadeiro esplendor. Foi também nesta época que se definiu aquilo que mais tarde seria considerado o “bom gosto”, em matérias gastronómicas, tornando-se assim a referência para as restantes cozinhas europeias.
Até meados do século XVII a história da gastronomia é fortemente marcada pelo excesso de especiarias para temperar qualquer prato. Tudo isto apenas porque, por serem caras e raras, eram um sinónimo de riqueza e como tal, nunca era de mais o seu uso como prova de ostentação, que muitas vezes terminava em pratos intragáveis.
Com o passar dos anos, as especiarias tornaram-se mais fáceis de adquirir por qualquer pessoa, e como tal, perderam o seu charme. Claro que a ascensão das ervas aromáticas também colaborou para este declínio.
No século XVII, os cozinheiros provaram ser muito mais inovadores que os seus antecessores, começando por reduzir a quantidade de animais consumidos, a quantidade de açúcar – que antigamente era usado em quase todos os pratos, agora é maioritariamente destinado à sobremesa – e dão também dão destaque a produtos como a manteiga, ovos e creme na hora de confecionar ensopados e molhos.
Estes são apenas alguns exemplos de como a gastronomia evoluiu ao longo dos anos, e claro, hoje sabemos que também ela está em constante evolução.